Receita Federal e o Incra decidiram apertar o cerco contra proprietários rurais com a criação de uma “malha fina” para o ITR, um movimento que promete aumentar a burocracia e o peso fiscal sobre o campo. A partir de 2026, o cruzamento de dados entre o Cadastro Ambiental Rural, o Sistema Nacional de Cadastro Rural e outros bancos vai expor qualquer deslize nas declarações de valor de terras ou áreas produtivas, jogando agricultores e pecuaristas em um labirinto de comprovações sob ameaça de multas pesadas.
O governo, com apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Gestão, planeja unificar as informações em um portal no gov.br, mas o processo, que começa com estudos de impacto até janeiro de 2026, já causa apreensão. A iniciativa, vendida como modernização, pode sufocar pequenos produtores, que terão de lidar com mais exigências e custos para se adequar a um sistema que parece mais focado em arrecadar do que em promover o setor rural.
Por Diário 360