A guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra o Brasil já provoca impactos antes mesmo da entrada em vigor da tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), mil toneladas de peixes estão retidas em portos do país após o cancelamento e suspensão de pedidos. O volume representa 58 contêineres parados.
O diretor executivo da Abipesca, Jairo Gund, afirma que a pesca artesanal será uma das mais prejudicadas. Ele diz que não haverá redução de preços no mercado interno, mas sim encolhimento de toda a cadeia produtiva, com queda na compra de pescados, desestímulo à produção e demissões. O alerta é ainda mais grave porque agosto, setembro e outubro são os meses mais importantes para a produção de tilápia.
Cerca de 70% do pescado exportado pelo Brasil tem como destino os Estados Unidos e o setor está sem alternativas viáveis. Desde 2017, as vendas para a Europa estão embargadas.
A Associação Brasileira da Indústria do Plástico também se manifestou. Em nota, afirma que o mercado norte-americano é estratégico e que a tarifa representa um duro golpe à indústria nacional, afetando não apenas os produtos finais, mas toda a cadeia produtiva. As entidades cobram uma resposta urgente do governo para minimizar os prejuízos.











