O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), minimizou os atos anti-democráticos ocorridos em 8 de janeiro de 2023, após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o presidente Lula (PT).
Ele descartou a tese de que a invasão liderada por militantes bolsonaristas aos prédios dos Três Poderes foi uma tentativa de golpe de Estado.
Em entrevista a uma rádio na Paraíba, Motta criticou o episódio, mas para ele, um golpe precisa da presença de um líder maior para ser executado. “O que aconteceu não pode ser admitido que aconteça novamente. Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer”, afirmou o presidente da Câmara.
“Agora querer dizer que foi um golpe. Golpe tem que ter um líder, tem que ter pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas, e não teve isso”, argumentou Hugo Motta.
O deputado federal foi eleito na última semana sucessor de Arthur Lira (PP) e comanda o legislativo. Ele também destacou a ausência de outras instituições interessadas na ruptura do regime democrático.