O Bordado Labirinto foi reconhecido Patrimônio Cultural e Imaterial do Rio Grande do Norte. A medida foi oficializada após publicação de lei, sancionada pelo Governo do Estado, no Diário Oficial (DOE).
Produzido na comunidade do Reduto, município de São Miguel do Gostoso, no Litoral Norte potiguar, o bordado significa uma importante fonte de renda para moradores do local.
“Esse reconhecimento é muito importante e eu fiquei muito feliz e emocionada de ver que esse trabalho tão bonito que a gente desenvolve há tantos anos aprendendo com as mestras labirinteiras agora é um patrimônio cultural do nosso Estado” relata Robéria Menezes, a mais jovem labirinteira do Reduto e supervisora local do Projeto Faces do Reduto.
São considerados patrimônio imaterial expressões artísticas, representações, conhecimentos e técnicas que integram um grupo ou comunidade, como a feira do Alecrim em Natal, as festas de Sant’Ana em Caicó e Currais Novos, o prato ginga com tapioca, dentre outros.
Também é conhecido como crivo labirinto, o bordado labirinto é produzido a partir de tecidos finos. O artesanato deriva de uma gama extensa de trançados europeus, introduzidos no Brasil por intermédio da colonização portuguesa, no século XVII.
Sua técnica envolve várias etapas como desfiar o tecido, torcer, encher e perfilar. É uma técnica artesanal minuciosa e cheia de simbolismo intrincados e padronagens que lembram os labirintos, representando um valioso legado cultural transmitido por gerações de mulheres em diversas comunidades.
Faces do Reduto é um projeto realizado pela Green Points, coordenado por Mônica Mac Dowell, que tem o objetivo de promover e valorizar os saberes e tradições da Comunidade do Reduto.
Desenvolvido a partir de 2020, o projeto contempla diversas iniciativas socioculturais, como a produção de documentários, oficinas profissionalizantes, exposições e consultorias.
Atualmente, conta com o patrocínio do Governo do Estado e do Instituto Neoenergia, por meio do Programa Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura, e com o apoio do Sebrae/RN e do Instituto Riachuelo.
Por G1-RN