O Conselho de Administração da Petrobras aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira, (26), o nome do senador Jean Paul Prates (PT) para a presidência da estatal. O petista foi indicado pelo presidente Lula (PT) para assumir a petroleira, depois que o seu antecessor, Caio Paes de Andrade, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), renunciou e foi substituído provisoriamente por um diretor.
Em caso de renúncia, o Conselho de Administração pode aprovar um nome interinamente para comandar a empresa. Foi o que aconteceu nesta quinta com a aprovação de Jean Paul Prates. Para ser confirmada, a indicação dele ainda precisa passar pela análise da Assembleia de Acionistas, o que deve acontecer perto de abril.
Depois da oficialização do senador no comando da Petrobras, o governo Lula vai providenciar a mudança do Conselho de Administração, hoje de orientação bolsonarista, para alterar a estratégia da empresa. O objetivo é ter maioria no conselho para alterar também a composição da diretoria da empresa e implementar uma nova estratégia da política de preços da estatal que garanta lucratividade a ela e, ao mesmo tempo, incentivar a indústria brasileira.
O empresariado teme uma intervenção que possa gerar prejuízos para a empresa e para o mercado de óleo e gás no país. Jean Paul Prates tem garantido que não haverá qualquer tipo de intervenção do governo federal na administração da empresa.
Renúncia
Jean Paul Prates apresentou nesta quarta-feira sua renúncia do mandato de senador, conforme publicado no Diário do Senado desta quinta-feira (26).
Em carta de renúncia, dirigida ao secretário geral da Mesa do Senado Federal, Gustavo Saboia Vieira, o petista afirma que “ao passo que o cumprimento, sirvo deste expediente para comunicar-lhe, nos termos do art. 29 do Regimento Interno do Senado Federal, a minha renúncia ao mandato de Senador da República pelo Rio Grande do Norte na 55ª e 56ª legislatura”, escreveu.
Em dezembro do ano passado, o senador utilizou a tribuna do Senado para se despedir dos colegas. Á època, destacou a sua atuação da Casa durante a pandemia da covid-19 e enalteceu o papel mediador do Congresso durante “ataques à estabilidade institucional”. Além disso, afirmou que sai com o sentimento de dever cumprido.
Por CNN Brasil