Conforme uma apuração do jornal Valor Econômico, confirmada pela Folha de S. Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), ficou incomodado com a suposta atuação do Partido dos Trabalhadores junto a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar o esquema de pagamento de emendas de relator, conhecido como orçamento secreto.
De acordo com o jornal, Lira teria alertado ao deputado José Guimarães (PT) que a discussão poderia prejudicar a tramitação da PEC da Transição na Câmara.
O Senado aprovou nesta quarta-feira (7), em primeiro turno, a PEC. O texto foi aprovado em primeiro turno por 64 a 16 e eleva o teto de gastos para que o próximo governo possa manter a parcela de R$ 600 do Bolsa Família (atual Auxílio Brasil) e financiar outros programas sociais a partir de janeiro.
Antes de seguir para análise da Câmara dos Deputados, o projeto precisa ser aprovado em segundo turno pelos senadores, o que deve ocorrer ainda nesta quarta.
O STF começou a julgar na quarta-feira (7) as ações que contestam o pagamento das emendas do relator, mas a análise só continua na semana que vem. Ela foi suspensa e deve ser retomada na próxima quarta (14), com o voto da relatora, ministra Rosa Weber, e dos demais ministros.