Aproximadamente 50 militantes sem-terra invadiram, no domingo 2, a Fazenda Boa Esperança Cabeleira, no município de Maurilândia, no sul de Goiás. A propriedade, administrada pelo Grupo Franco Ribeiro Andrade, é produtiva e está com a documentação regularizada.
Os sem-terra agiram no domingo em razão das eleições, visto que o contingente da Polícia Militar (PM) estava destacado para cobrir o pleito. As vítimas da invasão registraram Boletim de Ocorrência (BO) e aguardam por uma ordem judicial para remover os invasores.
A fazenda produz cana-de-açúcar, soja e milho. Além disso, trabalha com ciclo completo de pecuária, incluindo cria, recria e engorda.
Se liga, turma do agro… @LulaOficial cumpre tudo que promete 🧐
— Jorge Serrão (@alertatotal) October 4, 2022
Vai ser uma invasão após a outra do MST… pic.twitter.com/wyDRhaO01X
“Meu avô é proprietário dela há mais de 65 anos”, disse o advogado Arthur Vanette, representante dos donos da fazenda. “Nunca tivemos nenhum problema. Estamos nos sentindo impotentes e inseguros, porque você acredita ser dono de uma propriedade e, de repente, alguém invade suas terras.”
Segundo Vanette, os invasores disseram não ter relação com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Não recebemos nenhum comunicado oficial, nem nota”, explicou. “Não podemos afirmar com 100% de certeza que se trata do pessoal do MST.”
Os invasores dizem representar os herdeiros de uma família que seria proprietária da fazenda. No entanto, não teriam conseguido demarcar com precisão a suposta área à qual teriam direito. Esse tipo de ocupação exige que os herdeiros consigam uma ação judicial — o que não ocorreu.
Por Revista Oeste