A Câmara dos Deputados aprovou emenda para tornar permanente o Auxílio Brasil de R$ 400. Na versão original da medida provisória (MP) enviada pelo governo, o pagamento desse adicional acabaria em dezembro, o que era alvo de protestos e emendas dos partidos de oposição.
A emenda foi acatada pelo deputado João Roma (PL-BA). Inicialmente, ele, que era ministro da Cidadania durante a formulação da MP, se manifestou contra a aprovação dessas emendas. A partir de janeiro de 2023, o valor cairia para uma média de R$ 224. Nesta quarta-feira, porém, ele acatou a sugestão do deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) para tornar permanente o “benefício extraordinário”.
De acordo com a emenda, os benefícios do Auxílio Brasil custarão R$ 47 bilhões por ano. Esse gasto “extraordinário”, que agora será incorporado ao programa, custará mais R$ 41 bilhões.
Por outro lado, Roma manteve o valor de R$ 400, sem novos aumentos. A oposição fez emendas para elevar o valor aos mesmos R$ 600 do auxílio emergencial pago durante a pandemia, mas o relator afirmou que não há recursos e que o presidente Jair Bolsonaro (PL) seria obrigado a vetar o projeto se isso ocorresse, prejudicando 16 milhões de famílias.