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“Cada vez mais, o Supremo interfere em tudo”, critica Bolsonaro

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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou, nesta terça-feira (9/11), que o Supremo Tribunal Federal (STF) está “cada vez mais” interferindo nas ações de outros Poderes. A declaração foi feita ao comentar a decisão da Corte de suspender o pagamento das emendas de relator (RP 9), que viabilizaram o chamado orçamento secreto no Congresso. O dispositivo tem sido usado pelo governo para favorecer parlamentares aliados.

“Cada vez mais, o Supremo, na verdade, interfere em tudo. Houve interferência agora nessa história do ‘orçamento secreto’, orçamento secreto publicado em Diário Oficial da União. Mas tudo bem”, disse o mandatário em entrevista ao Jornal da Cidade Online.

Orçamento secreto: entenda caso que envolve Congresso, Planalto e STF

Na última sexta-feira (5/11), a ministra do STF Rosa Weber concedeu uma liminar suspendendo o pagamento das emendas, por considerar que o regramento pertinente a esse tipo de emenda precisa de ampla publicidade, em plataforma centralizada.

Na segunda-feira (8/11), Bolsonaro havia criticado a ministra ao afirmar que algumas decisões atrapalham o andamento da nação. Sem citar nomes, ele também disse que, se alguns querem ser presidentes, “que se candidatem”.

“Os argumentos usados pela relatora no Supremo não são justos, dizer que nós estamos barganhando. Como posso barganhar, se o dono da caneta é o relator, é um parlamentar? Não é secreto porque está no DOU. Pelo que estou sabendo, o ministro Fux, na semana que vem, deve levar ao plenário para resolver essa questão”, disse Bolsonaro.

“Os poderes têm que ser respeitados, mas as decisões de alguns atrapalham o andamento da nação. Quem quer se presidente da República que se candidate”, finalizou.

Julgamento virtual

Em julgamento no plenário virtual do Supremo, quatro ministros já se manifestaram a favor da publicidade das emendas. Os ministros Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Edson Fachin acompanharam a relatora da ação e defenderam a adoção de ações de transparência para a execução dos recursos. Os ministros têm até a próxima quarta-feira (10/11) para votarem.

Em seu voto, Weber apontou um “caráter obscuro” do atual modelo do orçamento paralelo. Segundo ela, as emendas de relator operam com base na lógica da ocultação dos congressistas requerentes da despesa. Isso acontece porque todo o montante é atribuído ao relator-geral do orçamento. Ou seja, não é possível saber quais parlamentares realmente pediram a destinação do dinheiro.

O julgamento se dá no âmbito das Arguições de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPFs) 854, 851 e 850, impetradas pelos partidos PSol, PSB e Cidadania, respectivamente.

Por Metrópoles

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