A seguir, veja nove erros comuns ao ir ao mercado e como evitá-los.
- Não fazer uma lista de compras
Pode dar preguiça, mas fazer uma lista de compras é uma estratégia eficaz, pois ajuda a evitar gastos desnecessários e compras por impulso, principalmente em relação aos alimentos de alto teor calórico.
Neste momento, é importante verificar o que há na despensa e na geladeira. Muitas vezes, é comum nos lembrarmos de um produto que está guardado há algum tempo e reaproveitá-lo em alguma receita, por exemplo.
Outra vantagem é a otimização do tempo: com a lista você sabe exatamente o que precisa e se direciona para pegar os alimentos e produtos que usará na semana ou no mês.
- Não planejar as refeições da semana
Para não errar na lista de alimentos, é fundamental pensar como serão as refeições da semana.
Vale a pena elaborar um cardápio semanal para o café da manhã, almoço, jantar e lanches intermediários. É necessário levar em conta as suas preferências alimentares, restrições e objetivos da dieta.
Também é preciso variar bastante nos alimentos para garantir o consumo de nutrientes essenciais. Portanto, deve-se incluir proteínas magras, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis.
- Ir ao mercado com fome
Ao fazer as compras com fome, a tendência é escolher itens desnecessários, menos saudáveis e com elevada densidade calórica, como doces, salgadinhos, refrigerantes e diversos ultraprocessados.
Isso também contribui para o aumento dos gastos desnecessários. O ideal é ir ao supermercado após ter realizado uma refeição, para comprar sem pressa e observar a necessidade real da compra.
- Esquecer de olhar os rótulos
Ao consultar os rótulos, é possível ter informações sobre os ingredientes e calorias dos alimentos. Por isso, contribui com a escolha de produtos com melhor qualidade nutricional e evita optar por itens com aditivos e ingredientes processados em excesso.
Atualmente, com a nova legislação da Anvisa, há a presença da lupa que indica sinais de alerta no consumo do alimento. Isso facilita identificar itens com gorduras saturadas, sódio e açúcar em excesso.
É importante verificar a composição do produto —o ingrediente descrito primeiro está em maior quantidade. Além disso, quanto mais ingredientes no rótulo, maior é a quantidade de ultraprocessados.
Veja a quantidade de calorias, proteínas, sódio, açúcar, gorduras e fibras. Nos rótulos também é possível checar os ingredientes que causam alergias alimentares em algumas pessoas, como lactose, soja, amendoim, glúten, entre outros.
- Comprar alimentos ultraprocessados
Os alimentos ultraprocessados são aqueles que passaram por um maior processamento industrial e têm alta concentração de açúcares, gorduras, substâncias sintéticas e conservantes.
Esse processo é realizado para que durem mais, tenham mais cor, sabor e textura. Logo, são itens saborosos e bastante atrativos ao paladar. Entre eles, destacam-se: biscoitos, salgadinhos, macarrão instantâneo, refrigerantes e embutidos.
Porém, esses alimentos devem ser evitados, pois o consumo está relacionado ao aparecimento de diversas doenças, como diabetes, hipertensão, colesterol alto, obesidade e câncer.
- Não checar a validade dos produtos
Verificar a validade dos alimentos é um fator bastante importante, pois, às vezes, o produto está em promoção devido ao vencimento que está próximo. Dessa forma, há o risco de o indivíduo não conseguir consumir a tempo.
Nesses casos, é comum acontecer o desperdício de alimento ou, ao ingerir um item vencido, a pessoa pode ter uma intoxicação alimentar.
Vale destacar que todo alimento industrializado traz no rótulo as informações sobre a data de fabricação e a data de validade. Essas informações devem ser consideradas na hora da escolha do produto. Caso a data de validade esteja muito próxima, o ideal é não adquirir e buscar por outra marca ou produto.
- Comprar alimentos perecíveis em excesso
Para evitar erros, é necessário se atentar para os alimentos perecíveis, ou seja, aqueles que devem ficar sob refrigeração e que têm um tempo de validade menor.
De forma geral, a recomendação é comprar quantidades menores de alimentos perecíveis, principalmente se a pessoa mora sozinha ou tem uma família pequena. Essa estratégia reduz a probabilidade de não conseguir consumir os itens antes da deterioração.
Se perceber que não será possível consumir alguns alimentos antes que estraguem, considere congelar para prepará-los depois.
- Não comprar alimentos da estação
Os alimentos da estação têm a colheita na época em que melhor se desenvolvem, ou seja, são produzidos em maior quantidade, têm melhor preço, melhor aparência e sabor.
Geralmente, os alimentos colhidos na época adequada têm maior teor de nutrientes.
Outra vantagem é que esses alimentos são mais propensos a crescerem naturalmente e necessitam de menos produtos químicos para seu cultivo.
Continua após a publicidade
É comum também que estejam mais baratos nos supermercados por conta da ampla disponibilidade.
- Não se atentar para a frequência das compras
Para quem tem mais tempo, o ideal é ir ao supermercado uma vez por semana para adquirir produtos mais frescos e de qualidade.
Além disso, o consumidor consegue aproveitar as promoções que os supermercados fazem diariamente.
Fontes: Tatiana Bononi, gerente de nutrição corporativa na Rede de Hospitais São Camilo (SP); Narjara Pereira Leite, professora do curso de nutrição da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC); Legiane Rigamonti, diretora-secretária do Conselho Regional de Nutricionistas 3ª Região (SP/MS); Isolda Prado, nutróloga da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e professora da UEA (Universidade do Estado do Amazonas).
Por UOL